Uma pessoa bem próxima a Michael Schumacher quebrou, ainda que de forma discreta, o pacto de silêncio em relação ao estado de saúde do heptacampeão mundial de Fórmula 1. Ross Brawn, ex-diretor técnico da Ferrari, afirmou nesta quinta-feira que o ex-piloto alemão apresentou alguns “sinais encorajadores” em sua recuperação de graves lesões na cabeça sofridas em um acidente de esqui, em novembro de 2013.
“A família decidiu conduzir a convalescença de Michael de forma particular e devo respeitá-la”, disse o britânico, que ajudou o alemão Schumacher em todos os seus títulos e trabalhou com ele na Benetton, Ferrari e Mercedes, em entrevista à BBC. “Há sinais encorajadores e todos estamos rezando a cada vez que vemos mais estes sinais. Então é difícil para mim dizer muito e respeitar a privacidade da família.”
“Tudo o que eu diria é que há muita especulação sobre a condição de Michael. A maior parte dela está errada e nós apenas rezamos e esperamos todos os dias que continuemos a ver algum progresso e que um dia possamos ver Michael recuperado das lesões terríveis”, completou.
Schumacher está sendo tratado em casa na Suíça desde que saiu do hospital, e pouquíssimos detalhes foram tornados públicos desde então. A situação real do ex-piloto de 47 anos ainda é desconhecida.
Em entrevista a última edição de VEJA, Jean Todt, ex-chefe de Schumacher na Ferrari, presidente da Federação Internacional do Automóvel (FIA) e um dos amigos mais próximos do campeão, disse que as pessoas que falam sobre sua saúde “não conhecem a situação e os que conhecem não falarão nada”.
“Felizmente, Schumacher não está morto, mas sua vida e a de sua família mudaram. Ele é bastante reservado, e nós consideramos que sua vida privada deve ser respeitada. Schumacher não é mais um personagem público”, completou Todt.